Mais uma dos ecobobos. Agora, um dos gurus da seita, um físico de formação, e ecobobo de religião, de Harvard chamado Alex Wissner Gross, veio criticar a Google dizendo que a busca do Google ameaça o planeta Terra com uma possível inundação com CO2. Nas palavras do sacerdote: “A Google opera grandes Datacenters espalhados pelo mundo e isso consome uma grande quantidade de energia”.
A sensação que tenho quando leio essas “coisas” é de querer simplesmente fazer uma careta e esquecer que isso invadiu meu ouvido. No entanto, essas coisas absurdas são as que mais urgentemente precisam ser respondidas, pois são tão simples e obtusas que correm sério risco de pegar. Aliás, eu não tinha essa sensação de asco intelectual desde que me peguei lendo sobre a defesa da abolição dos papéis higiênicos macios de dupla face em que se esmiuçava como isso provocava não sei quantos cortes de árvores, e que a aspereza desagradável à nádega proveniente do puro e casto papel reciclado tornava este menos competitivo diante dos maciinhos e cheirosos, e que aceitar tal “aspereza” na retaguarda do papel vagabundo ecobobo tinha que ser um impositivo legal! Corri no banheiro e fiquei aliviado de ver que, pelo menos por enquanto, isso não pegou.
Voltando à pregação do sacerdote ecobobo de Harvard, ele ainda vai mais longe e critica praticamente a Internet como um todo. Afirma que o desenvolvimento acelerado de datacenters que são o suporte da expansão da rede promove o mesmo “pecado” a que ele atribuiu à Google. E a coisa assume ainda mais o ar de pecado quando ele começa a citar outras grandes estruturas, como a do Twitter e do Second Life, dizendo que estes possuem um grande “custo-carbono” e que estariam sendo motivados por entretenimento, por ferramentas que “não são sérias”, ou seja, motivos não nobres, motivos pecaminosos mesmo.
Olha, pessoalmente, nunca usei o Twitter, desconheço-o o suficiente para nem saber o que pensar dele. Já o Second Life, conheço-o à cota suficiente para detestá-lo com a bílis da minha alma, sinceramente penso que aquilo poderia simplesmente sumir da face da Terra. No entanto, defender que estas ferramentas não deveriam existir porque não são ferramentas “sérias” e que, portanto, não merecem o carbono que gastam é uma verdadeira inquisição ecoboba.
Poucos dias depois das declarações do ecochato, a Google teve que se dar o trabalho de explicar em seu blog oficial aquilo que qualquer físico, mesmo dos mais medíocres, já deveriam reconhecer de pronto: que a Google, assim como os outros meios similares da Internet, utilizam uma tecnologia de armazenamento e busca de informações exponencialmente mais eficientes e menos poluidores que os demais disponíveis. Imagine se todas as pessoas tivessem ainda que ler tudo em jornais, revistas, livros e ainda tivessem, sempre que quisessem buscar uma informação, pegar um carro e ir até a biblioteca mais próxima (ou seja, nada próxima). Aí nós veríamos os ecobobos baterem de frente com os grupos que tentam promover e expandir a leitura de livros (estas sim do meu time) e afirmar que ninguém mais poderia ler Paulo Coelho ou Harry Potter, porque essas não eram obras com estatura artística suficiente para compensar seu “custo-carbono” e que, tirando as sedas para fabricação de crigarrinho do capeta (que disso eles nunca reclamariam), nenhum outro uso menos “sério” de papel deveria ser permitido.
Enfim, os fatos não ajudam os ecobobos, mas eles precisam de uma fé para viver. Em vez de procurar uma igreja para gastar esse talento místico-missionário, ficam aí enchendo nossos ouvidos dessas asneiras de quem teve overdose de desenho do Capitão Planeta.
Pois quem não engole essa xaropice verde, convido que encha os pulmões e entoe o grito de liberdade: “Vou continuar limpando minha bunda nos papéis mais macios!!”, “e vou continuar enviando meus emails de piada de gordo pro Zé Pança! E meus textos que ninguém lê para o blog do bêbado! E fod....” Essa última parte é opcional... E , enquanto isso, em alguma roda de maconha, e pela união de seus poderes...
Vai Planeta!!
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